
O resultado negativo marca uma deterioração financeira significativa em relação ao primeiro mês do ano. (Foto: Reprodução)
Após registrar praticamente um ponto de equilíbrio em janeiro, a companhia aérea Gol teve um prejuízo expressivo de R$ 552 milhões em fevereiro, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (14) em relatório enviado ao juízo da recuperação judicial nos Estados Unidos.
O resultado negativo marca uma deterioração financeira significativa em relação ao primeiro mês do ano, quando o prejuízo foi de apenas R$ 10 milhões. A empresa, que entrou com pedido de recuperação judicial no exterior em janeiro, também viu seu caixa total recuar de R$ 2,09 bilhões em janeiro para R$ 1,9 bilhão ao final de fevereiro.
Além do prejuízo líquido, a companhia também registrou queda em seu resultado operacional. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 934 milhões no bimestre, sendo R$ 735 milhões em janeiro e apenas R$ 199 milhões em fevereiro — uma retração de mais de 70% de um mês para o outro.
Os números reforçam o cenário desafiador enfrentado pela Gol, que vem buscando reestruturação de suas dívidas e renegociação com credores como parte do processo de Chapter 11 nos Estados Unidos, mecanismo usado por empresas para tentar se reorganizar financeiramente sem interromper suas atividades.
A queda no caixa e o prejuízo acentuado colocam mais pressão sobre a gestão da companhia, que enfrenta alta dos custos operacionais, flutuações cambiais e um ambiente competitivo acirrado no setor aéreo brasileiro.
A Gol ainda não comentou oficialmente os fatores que influenciaram diretamente o resultado de fevereiro, mas analistas apontam que a sazonalidade do período, combinada com o aumento de despesas e a volatilidade nos preços de combustíveis, pode ter contribuído para o desempenho fraco.
A expectativa agora é que a empresa apresente em breve novas informações sobre seu plano de reestruturação e estratégias para retomar a estabilidade financeira nos próximos meses.
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