Pescador é morto por pirarucu durante despesca em lago do Município de Maraã

O pescador Edmilson Roberto, 65, foi a primeira vítima conhecida morta por um pirarucu. O acidente aconteceu sexta-feira (28/11), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Maraã.

“Os pescadores tiveram que, devido à pequena vazante dos rios, usar redes para obrigar os peixes a ficarem numa área mais rasa. Usaram redes para isso. O Edmilson estava muito perto e, num pulo, um deles o acertou com a cauda, nas proximidades da costela”, conta o engenheiro de pesca da Secretaria Estadual de Produção Rural (Sepror), Renilton Solarth.

O local onde ocorreu o acidente fica a cerca de uma hora de distância do flutuante para onde os peixes seriam levados. Isso retardou ainda mais o atendimento à vítima, que teria sido atingida em órgãos vitais.

O grupo estava tentando cumprir o prazo legal para despesca do pirarucu, que terminou domingo (30/11). “Devido à vazante pequena, só foi possível retirar 70% da cota deste ano, que foi de 4,2 mil peixes”, disse Renilton.

Não há registro de outra morte por choque com pirarucu.

A pesca do peixe, que atinge mais de 200kg, é feita com arpão, ligado a uma boia por longa corda. Depois de arpoado, o peixe mergulha e foge para longe. O pescador espera que a boia venha à tona e então recolhe o arpão. O pirarucu está ou morto ou muito perto disso, não oferecendo qualquer resistência. Daí a possibilidade do uso de embarcações muito pequenas (os “casquinhos”) na captura.

Captura do pirarucu é tão segura que os pescadores podem utilizar pequenas canoas, também conhecidas como "casquinhos". Foto: Chico Batata/ Divulgação

Captura do pirarucu é tão segura que os pescadores podem utilizar pequenas canoas, também conhecidas como “casquinhos”. Foto: Chico Batata/ Divulgação

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