
Vice-presidente é alvo do PCC desde 2011. Foto: Valter Campanato
A Operação Sequaz, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (22), desarticulou o plano da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassinar autoridades brasileiras. Entre os potenciais alvos do grupo criminoso, estão o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o senador Sergio Moro (União-PR), a esposa do senador e deputada federal Rosângela Moto (União Brasil-SP) e os dois filhos do casal, o ex-secretário da Administração Penitenciária Lourival Gomes, o deputado federal Coronel Telhada (PL-SP), o diretor de presídios Roberto Medina, e o promotor Lincoln Gakiya. As informações são da coluna Marcelo Godoy, do Estadão.
A operação da Polícia Federal cumpriu 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e no Paraná. Até ontem, nove pessoas haviam sido presas.
O objetivo do PCC era tentar mais uma vez libertar seu líder, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que está preso em Brasília. Com o fracasso do plano, o grupo decidiu atacar autoridades, incluindo políticos, agentes policiais e prisionais.
Durante a Operação Sequaz, foram apreendidos uma moto da marca BMW, uma BMW X3 avaliada em cerca de R$ 400 mil, e um cofre cheio de maços de dinheiro com notas de R$50. Envelopes, relógios de luxo e colares de ouro também foram apreendidos.
Os alvos
Alckmin é alvo do PCC pelo menos desde 2011, quando ainda era governador de São Paulo. O motivo seria a atuação do atual vice-presidente contra a facção criminosa, cuja operação de tráfico de drogas estaria passando por dificuldades.
De acordo com o próprio Sergio Moro, ele é alvo do PCC por conta de sua atuação como juiz e ministro. Sua família, incluindo esposa e filhos, também estariam ameaçados.
O promotor Lincoln Gakiya vêm sendo ameaçado desde 2018. Ele é especializado em investigar a facção criminosa PCC. Já Roberto Medina é chefe dos presídios da região.
Lourival Gomes foi secretário da Administração Penitenciária em São Paulo. Já o atual deputado federal Coronel Telhada comandava em 2010 as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), responsável pelas principais ações contra o PCC em São Paulo. Telhada sofreu uma tentativa de assassinato pelo grupo criminoso naquele ano.
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