Guia de sobrevivência na BR-319, incluindo contatos para hospedagem

Guia de sobrevivência na BR-319

Guia de sobrevivência na BR-319 leva em conta, nesta época do ano, a baixa visibilidade no “trecho do meio”, por conta de fumaça e poeira, como mostra essa foto do DNIT

Viajar pela rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho), asfaltada até a década de 1980, virou uma aventura. Os mais experientes, como o empresário e advogado Flávio Willer Cândido, criaram até uma espécie de “guia para novatos”. Detalhes, como distâncias de um ponto a outro, podem evitar viagem à noite no temível “trecho do meio”. São 450 quilômetros de chão, com poeira no verão e lama no inverno.

Willer é diretor de empresa que opera na via, onde viaja há 41 anos, e é presidente da Comissão da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM) em Defesa da BR-319. “Cheguei a Manaus por essa estrada, ainda asfaltada, na década de 80, e meu sonho é vê-la asfaltada novamente”, afirma.

O advogado lembra que o tempo de viagem na BR-319 “depende de algumas variáveis: veículo, peso ou lotação, prática do condutor na rodovia, se tem ponte em manutenção, chuva, máquina pesada mexendo…”. Há poucos dias, um igarapé arrebentou todo um trecho, provocando a interdição da estrada.

A caravana da Força Nacional, que veio auxiliar a segurança do Amazonas, diante dos ataques de um grupo criminoso em Manaus e outros Municípios, acabou perdendo uma viatura, que mergulhou num igarapé.

A aventura começa na balsa da Ceasa, no Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus. Veja, abaixo, os horários das balsas. Lembrando que o ideal é chegar pelo menos uma hora antes, para pegar um lugar melhor na fila, principalmente se for feriado ou fim de semana:Guia de sobrevivência na BR-319

 

Recomendações

Os mais experientes não recomendam que ninguém viaje sozinho. Nos grupos a serem formados para a viagem pelo menos um carro deve ter tração 4×4. Carros baixos podem se transformar em pesadelo. “Leve água, alguns alimentos, bebidas, frutas, cordas, cabo de aço ou fita”, recomenda Willer.

O ‘trecho do meio’, à noite, precisa ser evitado. “O ideal, para quem sai de Manaus para Porto Velho, é dormir na cidade do Careiro Castanho ou na vila do Igapó Açu. Se sair bem cedo consegue atravessar os 450 quilômetros, desse trecho perigoso, antes da noite”, explica.

Quem vem de Porto Velho para Manaus, o melhor é dormir na cidade de Humaitá ou no distrito de Realidade.

Uma ideia, para evitar o excesso de peso, é despachar a bagagem num dos ônibus que fazem linha regular entre as duas capitais. Caminhões precisam atentar para o limite de peso ou podem acabar parados numa batida da Polícia Rodoviária Federal.

“Tem que dirigir com muita atenção e tomar cuidado com a poeira, nesta época do ano. Se chover e ficar liso para. Espere com cautela até secar”, acrescenta.

 

Viajando numa 4×4 S10

Flávio Willer relata a viagem de um colega, experiente, numa picape Chevrolet S10, pelo “trecho do meio”. Veja o relato, trecho a trecho:

Quarta-feira (18/08):

4h30 saída do Careiro Castanho, onde havia dormido;

6h30 passou na vila do Igapó Açu (KM-250);

9h30 chegou a Rio Novo (KM-369);

12h passou no Gaúcho (KM-460);

14h30 Distrito de Realidade, com parada para almoço no restaurante Sabores da Terra;

17h passagem por Humaitá;

20h30 chegada a Porto Velho.

 

Contatos

Para facilitar a vida de quem decida se aventurar – e bota espírito de aventura! – pela BR-319, seguem contatos de pontos de hospedagem no caminho:

Careiro Castanho – hotel Arrudas: Rua Manaquiri, Centro urbano. Fones: (92) 99424-1023 e (92) 3362-1187; hotel Conservil (Keila) (92) 99199-1689;

Igapó Açu – Pousada do Emerson. Fone: (92) 98827-4474; Pousada Beira Rio, da Dona Mocinha. Fone: (92) 98431-8792

Distrito Realidade – Jo La Kasita. Fone: (97) 98128-0952;

Humaitá – Correa Hotel. Fone: (97) 98802-8786.

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