O Neoliberalismo, surgido em 1970, tinha como bandeira a total liberdade de comércio (livre mercado), garantindo o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país sem a intervenção do Estado na economia e no mercado de trabalho. Nesse momento, o termo Neo teve o seu destaque e deu origem a outros termos, que com esse prefixo vai sempre conotar a idéia de novo, atualizado, recente, mesmo que já tenha ocorrido antes. Esse estilo já ocorreu em outros momentos por exemplo: Neo-nazismo, Neo-colonianismo, Neo-capitalismo, Neo-clássico, Neo-paganismo, enfim, é uma maneira de renovar conceitos antigos, com embalagens atuais, e ao mesmo tempo eternizar modelos que cada um considera o melhor do seu ponto de vista e elevar o nível dos desafios.
Atualmente, vivemos a Era da NeoEmpresa, do NeoLíder, do NeoColaborador, implicando numa reconfiguração no mundo dos negócios, onde o futuro é construído enquanto o presente está sendo garantido. E o futuro mais que ser construído é ser inventado e reinventado, pois é o legado que será transmitido para as futuras gerações. E, nesse universo de NeoConceitos, surgem novos comportamentos onde os BRIC´s, apesar de não representarem uma aliança das civilizações e sim uma diplomacia intergovernamental, intercultural e empresarial dos quatro países, cuja diversidade atribui uma originalidade sem par e prepara alicerces de uma coalizão, caracterizados pelo acoplamento/ decoplamento/ recoplamento rápido e instável e pela integração/ semi-integração/ desintegração de grupos de países, que perseguem, no entanto, interesses comuns duráveis:
a) a necessidade de se protegerem das ameaças globalizadas;
b) o interesse na obtenção de posições lucrativas e favoráveis e maiores chances de sucesso na negociação dentro de um novo ambiente geoeconômico;
c) o desejo de abrandar o impacto crítico do entorno internacional;
d) a expectativa de que a cooperação estará livre do ônus das práticas assimétricas ou hegemônicas do passado.
Essa união de gigantes exemplifica um NeoPoder, que vai sendo transformado em resultados políticos e econômicos que atestam que eles não apenas se recuperaram das mazelas do atraso pós-colonial e do desenvolvimento tardio, mas acumularam recursos suficientes para ultrapassar as economias e potências comerciais ocidentais em práticas de mercado, de tecnologia e de comércio mais modernas. Além das pretendidas raízes “genéticas” do Sul, os quatro países representam uma heterogeneidade excepcional do ponto de vista da diversidade cultural, social e religiosa. É um NeoCiclo.
Nesse novo estilo de gerenciamento e de visão de negócios, alguns paradigmas e conceitos são substituídos e redirecionados para o NeoManagement, como por exemplo: da Gestão de conhecimento para Gestão da aprendizagem, de Construtores de paredes para Construtores de pontes, de formação de Gerentes para academia de Líderes, e outros mais que o César Souza relaciona no seu livro “ A NeoEmpresa”. Novos conceitos são incorporados e novas ferramentas são implementadas para a sustentabilidade da NeoEstrutura. Nesse patamar não podemos esquecer os NeoClientes, os NeoConsumidores que finalizam toda a cadeia desse processo de modernização, inovação e agregação e geração de valor.
Os Neos reconfiguram, remodelam, redirecionam, e reinventam as premissas estabelecidas e recriam um novo status quo, que é o principio básico do crescimento e do desenvolvimento. Tudo que se expande, nunca mais voltará ao original. Tudo o que é , já foi um dia. Tudo que se renova, estabelece um novo patamar de exigências, medidas e estratégias.
Tudo agora é NEO e tudo que é NEO deve ser ousado e arrojado. Como diz Kierkegaard “ Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se”.
OS. Vou ficar fora do ar por 3 semanas. Retorno com novidades.

Ozeneide Casanova
Ozeneide Casanova Nogueira é advogada e assistente social, com MBA em Gestão de Pessoas (FGV-ISA...
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