
Novo Airão reforça turismo, com destaques para os hotéis Anavilhanas Jungle Lodge e Mirante do Gavião, atraindo turistas estrangeiros, entrando no roteiro internacional. Foto: Anavilhanas Jungle Lodge/ Divulgação
Dois hotéis, o Mirante do Gavião e o Anavilhanas Jungle Lodge, estão impulsionando o turismo de alto custo em Novo Airão. Só uma empresa, a Rico Táxi Aéreo, realiza mensalmente 40 voos para o Município. “O voo custa em torno de R$ 5 mil, cada perna, para oito pessoas”, explica o empresário Atila Yurtsever. A empresa opera modelo Caravan anfíbio, da norte-americana Cessna Aircraft.
O governo do Estado acaba de asfaltar todas as ruas da cidade. A rodovia Manaus-Manacapuru terá 20 quilômetros a mais, asfaltados e duplicados, ao fim de 2019. “Vamos concluir tudo em 2020”, afirma o governador Wilson Lima.
“A rodovia Manacapuru-Novo Airão será modernizada. Vamos eliminar curvas e criar terceiras pistas, nos trechos mais perigosos. Tudo deve ficar pronto em 2020, com a AM-070 (Manaus-Manacapuru)”. A afirmação é do secretário estadual de Infraestrutura (Seinfra), Carlos Henrique Lima.
O governo corre contra o tempo para evitar o erro cometido em gestões passadas, na Ponte Jornalista Phelippe Daou. “A ponte abriu a boca do funil de trânsito rumo a Iranduba, Novo Airão e Manacapuru. E a rodovia não estava pronta para receber esse fluxo”, analisa Carlos Henrique.
Agora, se os planos derem certo, quando a Manaus-Manacapuru abrir o gargalo de Novo Airão, a rodovia para o Município estará preparada. É a forma de proteger vidas, evitando acidentes.
Hotéis

Guto e Fabi, do Anavilhanas Jungle Lodge
Dois hotéis se destacam na estruturação do turismo de Novo Airão. Ambos surgiram de empresários paulistas. Augusto Costa Filho e sua esposa, Fabiana Boaretto, os dois de 37 anos, fizeram o Anavilhanas Jungle Lodge. Ruy Carlos Tone, 51, da agência de turismo paulistana Mundus Travel, criou o Mirante do Gavião.
Guto e Fabi pediram como presente de casamento a chance de “morar na Amazônia”. Ganharam o hotel e já estão lá desde 2007. O Anavilhanas começou com poucos chalés e hoje tem 16 chalés, 4 Bangalôs e 2 Panorâmicos, totalizando 22 quartos. A capacidade máxima de hospedagem por noite é de 52 pessoas.
O Anavilhanas está entre os 100 melhores resorts do mundo, segundo o maior guia do mundo, o Fodor’s Travel. E o casal construiu, em Manaus, na rua 10 de Julho, no Centro, o hotel Villa Amazônia. É o apoio manauara do Anavilhanas, bem em frente à abandonada Santa Casa de Misericórdia.

Tone, do Mirante do Gavião, vai a Novo Airão pelo prazer do mergulho no rio Negro, a partir do flutuante que abriga o restaurante Flor do Luar, onde é sócio. Foto: Tereza Cidade
O Mirante do Gavião, um hotel boutique (alto luxo), já passou por duas ampliações e chegou a dez apartamentos. Até o fim do ano completará 12 unidades. Há pacotes a partir de R$ 830, por pessoa. O preço salgado paga diferenciais, como a cozinha sob comando da chef Débora Shornik, do restaurante Caxiri Manaus.

Mirante do Gavião ganhou prêmio de arquitetura e já teve duas expansão, mas terá apenas 12 quartos até o fim de 2019, guardando o charme da exclusividade
Pesca esportiva e praias
O arquipélago das Anavilhanas é uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS). Pescadores e caçadores são fiscalizados por ICMBio, Ibama e Ipaam. Acordos de pesca e áreas fora da reserva abrem espaço para a pesca esportiva. As praias aparecem a partir de setembro e são extensas, brancas e às margens de águas límpidas.
Milhares de pescadores e amantes das praias dos rios de águas negras, afluentes do rio Negro, são atraídos para o Município. Na confluência com Barcelos, locais como os rios Jaú e Unini também são atrativos naturais importantes. O resultado acaba dando numa fórmula progressiva de atração turística.
O Mirante ganhou reportagem especial na revista de bordo da TAM e tem prêmios da AU, a revista especializada em Arquitetura e Urbanismo. A beleza do arquipélago das Anavilhanas e a cidade ampla, agora asfaltada, vão vencendo as barreiras do turismo.

O impressionante Arquipélago das Anavilhanas, com destaque para o pequeno ponto onde está o Anavilhanas Jungle Lodge, no meio da Floresta Amazônica. Foto: Anavilhanas Jungle Lodge/ Divulgação
Tone e Guto-Fabi estão recebendo, pela primeira vez, um pouco de apoio estrutural do governo do Estado. A prefeitura de Novo Airão, com o prefeito Frederico Júnior às voltas com a Justiça Eleitoral, tem ajudado pouco.
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