Traficante ligado a FDN, “Marquinhos Capucho” é suspeito de comandar ataques no Mutirão. Ele está em prisão domiciliar

“Marquinhos Capucho”, à direita, cumpre pena agora em prisão domiciliar por motivo de saúde. Ele responde a pelo menos por cinco homicídios e é suspeito de estar envolvido nos ataques no Mutirão. Foto: Arquivo

Suspeito de pelo menos cinco homicídios na área do Tancredo Neves, zona Leste, Antonio Marcos Pereira Capucho, o “Marquinho do rip-rap do Mutirão” ou “Marquinhos Capucho”, é apontado por fontes da Polícia Civil como um dos responsáveis por comandar ataques no bairro, tanto de execuções quanto de disputa pelo domínio do tráfico de drogas.

“Marquinhos Capucho” responde a sete processos no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), cumprindo pena na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) por homicídio. Mas no último dia 23 de abril, dentro do processo de número 0243031-52.2010.8.04.0001 (001.10.243031-5), ganhou o direito de prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, por 90 dias para fins de tratamento de saúde.

Processos

Os outros processos que ele responde no TJ são três de homicídio, um por arma e um de execução de pena. Ele foi preso em 2012, quando era foragido. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investigava os casos datados a partir do ano de 2010.

“Marquinhos Capucho” é traficante conhecido que dominava a área do Tancredo e Mutirão, e atualmente é investigado por envolvimento nos ataques ocorridos nos bairros, como o do dia 23 de fevereiro, que foi frustrado por operação da Polícia Civil. Ele tem ligação com a facção criminosa Família do Norte (FDN).

Naquele dia, um grupo de 20 pessoas, fortemente armadas, sob o comando da FDN 2, ligada ao narcotraficante João Pinto Carioca, o João Branco, foi detido. Eles atacariam uma área comandada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no Nossa Senhora de Fátima.

Filho executado

Este ano, no dia 24 de março, o presidiário Leandro Costa de Oliveira, conhecido como “Leandrinho do Mutirão”, 24, filho de Antonio Marcos, foi executado com, pelo menos, dez tiros, na rua Tomoda, no Residencial Portal do Japão, no bairro Parque Dez de Novembro, na zona Centro-Sul.

Leandro foi condenado a 12 anos de prisão por tráfico de drogas, e cumpria pena no semiaberto do Compaj. Quando foi morto, estava sem a tornozeleira. Ele seria responsável por manter contato com outros traficantes e comercializar entorpecentes para o pai.

Histórico dos homicídios

O primeiro caso registrado relacionado a “Marquinhos Capucho” foi à morte de Eliane Passarinho Rodrigues, no dia 11 de junho de 2010, às 16h40, na rua do Igarapé do Sete, bairro Tancredo Neves. O crime foi motivado após a vítima denunciar a boca de fumo da dona Maria, mais conhecida como “Vovó do pó”, abastecida por ele.

Fábio Simey Galúcio do Nascimento foi morto no dia 16 de maio de 2011, às 19h, rua Rio Negro, bairro Tancredo Neves. Segundo informações a vítima estaria vendendo drogas para outro traficante.

Edimilson Manuel Silva do Nascimento, o “Louro da farinha”, foi a terceira vítima de “Marquinhos Capucho”, onde foi morto na rua José Francisco, bairro Tancredo Neves, no dia 17 de maio de 2011, por volta 19h40. Um dia após matarem o seu filho Fábio Simey, Edimilson foi à boca ameaçar os traficantes, autores da morte e por isso, foi executado.

Rip Rap

A quarta vítima do grupo de Capucho foi Tiana dos Santos Carvalho, morta no dia 5 de fevereiro deste ano, por volta das 00h15, na rua José Francisco Beira Mar, próximo ao Rip Rap, bairro Tancredo Neves. O homicídio teve cenas de crueldade, após matarem a vítima, atearam fogo no corpo em um carro de mão e abandonaram em via pública.

A última vítima do “Marquinho Capucho” foi Michelle de Souza Xavier, morta no dia 10 de junho de 2012, na rua José Francisco, no bairro Tancredo Neves.

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