Caprichoso celebra herança cultural da Amazônia brasileira na abertura do Festival de Parintins 2024

Foto: Divulgação

Na noite desta sexta-feira, 28 de junho, o Boi-Bumbá Caprichoso protagonizou uma celebração emocionante da herança cultural da Amazônia brasileira. A abertura, intitulada “Raízes: o entrelaçar de gentes e lutas”, trouxe a sinergia entre negros, indígenas, ribeirinhos e mestres da cultura popular, promovendo uma noite de orgulho e reverência às tradições ancestrais.

O espetáculo teve início com a entrada do apresentador Edmundo Oran, que conduziu a arena ao lado do Boi Caprichoso, do levantador de toadas Patrick Araújo e de personagens representativos da cultura local, acompanhados pelo ballet azul e branco. A energia contagiante da galera criou um ambiente de pura magia e expectativa na arena do Bumbódromo.

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Um dos momentos foi a entrada do Amo do Boi, Prince do Caprichoso. Acompanhado por seu séquito nordestino, que representava o auto do boi e um sanfoneiro, ele iniciou os bailados tradicionais que encheram a arena de cor e ritmo.

A apresentação da Lenda Amazônica “Dona da Noite”, do artista Roberto Reis, foi um dos pontos altos da noite. A projeção de luzes de estrelas nas arquibancadas criou um cenário de luzes mapeadas , inovação no Festival. Nesse momento, a Cunhã-Poranga Marciele Albuquerque surgiu, evoluindo, transformando-se em uma serpente.

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A “Celebração Indígena Djuena” também cativou o público. A presença do pajé Erick Beltrão junto a módulos representando mulheres aves. Quando o pajé emergiu do módulo tambor, iniciando uma coreografia emocionante, a arena foi tomada por uma onda de energia contagiante.

“O Tambor da Terra” destacou a coreografia dos povos indígenas e contou com a participação de lideranças indígenas. A transformação da alegoria para a chegada das tuxauas e a toada “Dança das Morubixabas” continuaram a encantar o público.

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A trilha “Viva a Cultura Popular”, executada por Patrick Araújo, trouxe o Boi Caprichoso e os corpos artísticos para um espetáculo de pura perfeição.

Outro momento inesquecível foi a aparição da Porta-Estandarte, Marcela Marialva, no módulo aéreo. Sua performance foi seguida por uma exaltação cultural dos mestres e mestras da cultura, em uma alegoria criada pelos artistas Preto e Paulo Pimentel, destacando a diversidade da cultura amazônica.

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A evolução do Boi Caprichoso ao som da toada “Málúu Dúdú”, seguida pela chegada da Sinhazinha da Fazenda, Valentina Cid, trouxe projeções de luzes, enquanto a vaqueirada evoluía com o Boi Caprichoso.

A arena vibrou com a performance de Edmundo Oran e de Angela Mendes, filha de Chico Mendes, durante a trilha “Bicho Folharal”, com a participação do balé aéreo e a descida da Rainha do Folclore, Cleise Simas.

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O grandioso encerramento contou com a presença do líder Yanomami Davi Kopenawa na arena. A alegoria de Motokhari, para o Ritual Indígena, foi uma obra, criada por Algles Ferreira e equipe.

A Marujada de Guerra, com sua energia vibrante, evoluiu ao som da toada “Somos Marujada de Guerra”, culminando em uma celebração eufórica.

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Com um encerramento emocionante, o Boi Caprichoso celebrou junto à nação azul e branca, marcando uma noite inesquecível de celebração cultural e união das raízes amazônicas. Foi uma noite em que o passado e o presente se encontraram, celebrando a alma de um povo que triunfa através de sua cultura e história.

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