Caso Djidja: Primo da ex-sinhazinha depõe na polícia sobre morte da avó

Ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, morre em Manaus

Foto: Reprodução

No fim da manhã desta quarta-feira (5/6), o primo de Dilemar “Djidja” Cardoso, o neurocirurgião Paloam Cardoso, prestou depoimento no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), bairro Praça 14, zona Sul de Manaus.

Áudios sobre a morte de Maria Venina de Jesus Cardoso, avó de Djidja, que circula nas redes sociais são atribuídos a Paloam. A idosa morreu aos 82 anos, em 29 de junho de 2023.

“A tomografia da vovó foi um impacto muito grande para mim. Ela teve um compêndio de doenças associadas. Jamais a queda da minha vó ocasionou isso aí. Vocês estavam dando droga para a minha vó, uma mulher de 82 anos, com hipertireoidismo, arritmias, osteoporose, depressão, uma senhora que não suportaria o que aconteceu com ela”, disse.

Em outro áudio, o neurocirurgião questiona a aplicação de um esteroide anabolizante na idosa. “Eu estou perguntando de vocês três [Djidja, Ademar e Cleusimar] quem autorizou a aplicação de Deca Durabolin de nandrolona na minha avó? Porque eu sou médico e sei o que estou falando. Quem é Bruno? Em que momento ele entrou na minha família e fez isso? Porque me falaram que foi ele que aplicou”.

Após o depoimento à polícia, Paloam afirmou que a morte da prima foi uma “tragédia anunciada”. “A minha avó agora tá sendo vista, né? A minha mãe está há três dias passando mal. Uma grande parte da família Cardoso está sofrendo demais. São duas perdas. É uma tragédia anunciada”, disse.

O médico também comentou sobre uma possível investigação da morte da avó. “Da minha avó, me parece que vai ter uma investigação. A gente vai ter que responder em relação a isso. A gente sabe (do que aconteceu), mas a gente não tem noção do que era. A verdade é essa. A gente também está muito abismado com todos os vídeos”.

O depoimento do neurocirurgião faz parte das investigações sobre a morte de Djidja Cardoso, a suposta seita “Pai, Mãe, Vida” e o tráfico de drogas envolvendo ketamina, um anestésico de uso veterinário.

Empresária e ex-sinhazinha da Fazenda do Boi Garantido, Djidja foi encontrada morta na casa onde morava, no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus, no dia 28 de maio. A suspeita é de overdose de ketamina e a morte é investigada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Antes da morte de Djidja, a polícia já havia iniciado uma investigação sobre a seita religiosa “Pai, Mãe, Vida”, fundada por sua mãe, Cleusimar Cardoso Rodrigues, e pelo irmão, Ademar Farias Cardoso Neto. Eles também são proprietários da rede de salões de beleza Belle Femme, em Manaus.

A substância ketamina seria usada em rituais da seita. De acordo com a polícia, o grupo coletava a droga ketamina em clínicas veterinárias e realizava a distribuição do fármaco entre os funcionários da rede de salões de beleza. A mãe, o irmão e dois funcionários do salão foram presos durante as investigações.

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