Santarém, a Pérola do Tapajós, no Pará, mostra que os anos ajudaram a moldar um roteiro incrível numa das mais antigas cidades da Amazônia. Comunidades tradicionais, rios e matas exuberantes; diversidade de peixe, pássaros e frutas; artesanato de grande inspiração, história e cultura formam o patrimônio turístico da região.
Da beira do cais, concorrido local para se ver o pôr do sol, é possível apreciar o encontro das águas barrentas do rio Amazonas com as azuis do Tapajós que nunca se misturam. Em um tour cultural, a cidade oferece opções como o museu Dica Frazão, com suas vestimentas e objetos feitos a partir de materiais da floresta, e o Centro Cultural João Fona, um prédio de 1868, que guarda cerâmicas arqueológicas, resquícios das populações indígenas que habitaram a região.
As praias são também um forte atrativo da região de Santarém com destaque para o povoado de Alter do Chão, conhecido como o Caribe Brasileiro, por suas areias brancas e águas azul-turquesa. Pertinho dali, em Belterra, a praia de Aramanaí, com estrutura de restaurantes, é outro lugar que merece citação. Para conhecer um pouco dos mais de 100 quilômetros de praias do rio Tapajós é só marcar a visitação para o período menos chuvoso (agosto a janeiro), porque no “inverno” muitas delas ficam submersas.
Santarém é o tipo do destino que alimenta o ciclo virtuoso do turismo. Essa vocação pode ser conferida em uma visita às comunidades tradicionais que se espalham por unidades de conservação vizinhas à cidade. É o melhor jeito de conhecer o modo de vida do ribeirinho amazônico, andar em trilhas pelo meio da floresta e apreciar a comida à base de peixe, num local farto de rios que mais parecem o mar, como o Amazonas e o Tapajós.
Na Floresta Nacional do Tapajós, por exemplo, a comunidade Maguari, com cerca de 380 habitantes, administra pousada e fabrica artesanato a partir do látex, extraído ali mesmo e que se transforma em sandálias e bolsas, já exportadas até para a Europa. Além disso, extraem da mata ervas e óleos (copaíba, andiroba) que se transformam em anti-inflamatórios, repelentes e fluidos para massagens. Uma produção artesanal que gera trabalho e renda na localidade.
Belterra
A história do ciclo da borracha no Brasil tem memória viva em Belterra, a cerca de 40 km de Santarém. É bonito de se ver o vilarejo de casinhas verdes e brancas, da década dos anos 30, onde o empresário americano Henry Ford alimentou o sonho de produzir látex para a fabricação de pneus. Ali, ainda se pode ver o bosque de seringueiras, o museu com equipamentos, mapas e fotos da época; e avistar a casa feita para Ford, na qual ele nunca pisou. Reza a lenda que tinha medo das doenças tropicais.
Como chegar:
Via aérea, a cidade de Santarém conta com o Aeroporto Internacional de Santarém Maestro Wilson Fonseca, com voos diários para Itaituba/PA, Altamira/PA, Manaus/AM, Belém/PA e Brasília/DF, com percursos que podem variar entre 30 a 180 minutos.
É possível chegar a Santarém via fluvial, com embarcações saindo principalmente de cidades como Manaus (30 horas de viagem), Macapá (36 horas de viagem), Itaituba (8 horas), Altamira (26 horas de viagem) e Belém (60 horas de viagem).
Leia também:
https://www.amazonasemais.com.br/outros-destinos/brasil/para/mangal-das-garcas-riqueza-amazonica-no-coracao-de-belem/
https://www.amazonasemais.com.br/outros-destinos/brasil/para/festribal-a-maturidade-nas-cores-e-coreografias-da-festa-das-tribos-em-juruti-pa/
Deixe um comentário