
Imagens de trincheiras para enterros em Manaus são publicadas na mídia nacional e internacional. Foto: Michael Dantas/ AFP
Com uma rotina fora de qualquer padrão, de onde se saiu de uma média de 30 enterros por dia para mais de 100 em Manaus, o uso de valas coletivas, em trincheira, no cemitério público Nossa Senhora Aparecida, um dos maiores da cidade, precisou ser colocada em operação para dar conta do aumento da demanda.
Imagens de sepulturas, covas e valas foram notícia nos principais jornais do Brasil e em alguns do mundo. Em nota, a Prefeitura de Manaus informa que, devido ao grande aumento no número de sepultamentos realizados no cemitério público, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) adotou o sistema de trincheiras para realizar o enterro das vítimas de Covid-19.
Imagens
A metodologia, já usada em outros países, preserva a identidade dos corpos e os laços familiares, com o distanciamento entre os caixões e com a identificação das sepulturas. A medida foi necessária para atender a demanda do aumento de volume de sepultamentos na capital.
Nos últimos dias, vídeos, fotos compartilhadas em redes sociais e também imagens de jornalistas correspondentes locais, foram destaques no Estadão, Folha de S.Paulo, Exame e Veja e no americano Times Daily.
Tarumã
A escavação foi realizada no complexo do Tarumã. Ao menos 20 corpos foram enterrados no modelo trincheira. Cada vala com cinco caixões. Do lado, as famílias ficaram desoladas sem poder da um enterro dentro dos padrões anteriores à pandemia.
O enterro em valas coletivas é usado quando existe um grande número de mortos, vítimas de grandes catástrofes como guerras e até mesmo morte por vírus em larga escala. Países mais pobres costumam adotar esse modelo de enterro em grande escala.
Nem todos os sepultamentos são de óbitos decorrentes por Covid-19, mas a maioria sim. Há casos de falecimentos por outras doenças, mas com os hospitais lotados e com as normas vigentes para evitar aglomeração, alguns acabam na mesma trincheira.
Reportagem: David Batista
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