Trincheiras coletivas usadas em Manaus para sepultar vítimas da pandemia

Um vídeo tem circulado nas redes sociais mostrando um enterro coletivo no cemitério público Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus.

Nas imagens é possível ver vários corpos sendo enterrados lado a lado em um cova feita por uma retroescavadeira e os familiares observando o sepultamento de seus entes.

O Nossa Senhora é considerado o maior cemitério público de Manaus. A capital amazonense é uma das cidades onde mais pessoas foram infectadas pela Covid-19.

Trincheiras coletivas

Em nota, a Prefeitura de Manaus informa que, devido ao grande aumento no número de sepultamentos realizados no cemitério público Nossa Senhora Aparecida, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) adotou o sistema de trincheiras para realizar o enterro das vítimas de Covid-19.

A metodologia, já usada em outros países, preserva a identidade dos corpos e os laços familiares, com o distanciamento entre os caixões e com a identificação das sepulturas. A medida foi necessária para atender a demanda do aumento de volume de sepultamentos na capital.

Filas para enterro

Com o aumento expressivo do número de casos de vítimas fatais de Covid-19, os cemitérios de Manaus tem recebido grande demanda durante a pandemia. Neste último sábado (18), aconteceram 89 sepultamentos. Os enterros são feitos com os caixões lacrados, conforme normas vigentes e determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e demais órgãos de saúde.

A Prefeitura de Manaus informou que, desde março, quando houve o agravamento dos casos de Covid-19 na capital, foi registrado um aumento no número de sepultamentos nos cemitérios públicos urbanos.

Até este mês de abril, o aumento representa um percentual de 60% na média de sepultamentos. Esse dado se dá acompanhando a média do período e não em comparação a anos anteriores.

Reportagem: Fabrinne Guimarães