Grávida baleada em chacina dá à luz a uma menina e segue na UTI

Sobrevivente da chacina ocorrida na noite de sábado (16), no bairro Nova Cidade, a paciente grávida Rosilana de Jesus Roque, 34, foi submetida a um parto cesariana neste domingo (17), dando à luz a um bebê do sexo feminino, em uma maternidade de Manaus.

A informação foi repassada pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam). Rosilana estava grávida de 8 meses e fez ainda uma craniotomia em um hospital da rede estadual. O bebê nasceu às 22h31. A paciente está sedada em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A recém-nascida está estável em unidade semi-intensiva (UCI).

Grávida baleada

Rosilana foi atingida com um tiro na cabeça, que fez com que ela começasse a sentir contrações e sintomas de eclampsia. Ela foi socorrida às pressas ao Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, onde recebe atendimento obstrético e neurológico para evitar a perda do bebê. A bala estaria alojada no cérebro.

Bruna de Jesus Roque, 20, foi agredida a coronhadas na cabeça várias vezes e foi encaminhada desacordada ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Galileia na zona Norte de Manaus.

O crime

Na noite deste sábado, cinco pessoas da mesma família foram mortas a tiros em uma chacina ocorrida na residência da família, no Nova Cidade, zona Norte de Manaus.

Os mortos foram identificados como Isadora de Jesus Roque, 14, Poliana de Jesus Roque, 17, Luiz Carlos de Jesus Roque, 18, e Edmundo de Jesus Roque, 21, que morreram no local.

Márcia Gonçalves de Jesus, 44, ainda chegou a ser socorrida ao Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo, porém não resistiu aos ferimentos e foi à óbito na unidade.

Suspeitos em moto

Conforme a polícia, dois suspeitos teriam chegado ao local em uma motocicleta, invadido a residência e cometido os assassinatos. O alvo principal seria Edmundo, que ainda tentou se esconder no guarda roupa para fugir dos criminosos.

Após o crime, eles fugiram. A polícia foi acionada e durante as diligências no local, eles encontraram uma quantidade de entorpecentes na residência. A suspeita é de que o crime esteja relacionado a acerto de contas devido ao tráfico e teria como mandante um traficante conhecido como “Dirceu”.