
Foto: site Fundação Banco do Brasil
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e a Associação de Auxiliares e Guias de Ecoturismo do Mamirauá (Aagemam), de Tefé, estão concorrendo ao Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2019 na categoria Geração de Renda. Se vencer a disputa, a parceria pode levar R$ 50 mil.
A categoria tem como objetivo destacar oportunidades de trabalho e renda por meio de empreendimentos econômicos solidários, como associações e cooperativas que exercem a autogestão e na alocação dos recursos que geram trabalho e renda.
Cada tecnologia social foi avaliada pelo seu nível de interação junto à comunidade, transformação social proporcionada, inovação e facilidade na reaplicação, segundo a Fundação Banco do Brasil.
Além da “Turismo de Base Comunitária: melhorando vidas e preservando o meio ambiente”, do Amazonas, concorrem às finalistas “A Trama do Algodão que Transforma”, do Rio Grande do Sul, e “CLOC (Criatividade – Lógica – Oportunidade – Crescimento)”.
O prêmio será de R$ 50 mil para a primeira colocada, R$ 30 mil para a segunda e R$ 20 mil para a terceira de cada uma das quatro categorias e das três premiações especiais nesta edição.
Além de participarem da cerimônia de premiação, que acontecerá em 10 de outubro em Brasília (DF), os representantes de cada entidade finalista estarão presentes no Encontro de Tecnologia Social, que será realizado na véspera do evento. As iniciativas selecionadas já integram o Banco de Tecnologias Sociais (BTS) – uma base de dados on-line que reúne atualmente 1.110 metodologias certificadas por solucionarem problemas comuns às diversas comunidades brasileiras nas áreas de: Alimentação, Educação, Energia, Habitação, Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Renda e Saúde.
Amazonas em destaque
“Turismo de Base Comunitária: melhorando vidas e preservando o meio ambiente” é uma tecnologia social de gestão compartilhada entre o Instituto Mamirauá e a Aagemam, com base no modelo da Pousada Uacari, em Tefé (a 523 quilômetros a oeste de Manaus). Ao longo dos últimos 20 anos, a pousada se tornou uma importante fonte de renda de forma sustentável.
O turismo de base comunitária da Pousada Uacari iniciou em 1998 como uma alternativa de renda para comunidades de uma região da Reserva Mamirauá. Os principais objetivos dessa tecnologia social são a geração de benefícios econômicos, a promoção do desenvolvimento social dos moradores e a conservação do meio ambiente.
Aproximadamente 90% das pessoas que trabalham e se beneficiam da Pousada Uacari são moradores locais, incluindo os cargos de supervisão. Desde 1998 foram gerados cerca de R$ 3,6 milhões para 11 comunidades, através da prestação de serviços, vendas de produtos locais e divisão do benefício coletivo.
O coordenador do programa, Pedro Meloni Nassar, explica que os benefícios da gestão participativa vão muito além dos financeiros. “A simples inclusão de jovens e mulheres nos processos decisórios trazem empoderamento e independência. Além disso, promovemos capacitações que impactam na educação e renda”, afirma.
As comunidades vão assumir a propriedade e gestão em poucos anos.

Foto: site Fundação Banco do Brasil
Iniciativas
Para o diretor executivo de Gestão de Pessoas, Controladoria e Logística da Fundação Banco do Brasil, Roberto Luiz Benkenstein, o Prêmio de Tecnologia Social ajuda a disseminar iniciativas para transformar a vida das pessoas. “Quando compartilhamos soluções como essas, sobre geração de renda, também estamos colaborando para o desenvolvimento de muitas comunidades, que podem encontrar referências que já deram certo em uma cidade, para reaplicarem a iniciativa na sua localidade”, disse.
Confira as finalistas de todas as categorias aqui.
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